O processo de escolha do nosso tema do projeto foi bastante complicado, tínhamos diversas ideias de temas, porém queríamos escolher algo que realmente agregaria na vida das pessoas e que, de alguma forma, fosse possível destinar a devida atenção para algo relevante e atual na nossa sociedade.
Foi então que o grupo conseguiu chegar à pergunta: Quais são os impactos gerados pelo desconhecimento de culturas africanas na nossa sociedade?
Nenhum integrante do grupo sabia com detalhes sobre a cultura africana. Foi a partir daí que vimos a necessidade de abordar esse tema, provavelmente, assim como nós, muitas pessoas também não saberiam.
O pouco conhecimento que nós temos hoje em dia sobre as culturas africanas é repleto de estereótipos, já que as histórias são contadas por apenas uma versão, a dos vencedores.
Durante o primeiro trimestre, o grupo produziu um infográfico escrito em língua inglesa, que reuniu todas informações pesquisadas em diferentes artigos e pesquisas estatísticas realizadas pelo próprio grupo com os alunos do colégio sobre a influência da cultura africana no Brasil.
Ele contém informações sobre as diferenças entre raça e etnia, como o racismo é tratado no país, a pesquisa realizada pelo grupo com os alunos da escola e diversas informações sobre como o tema central do projeto se manifesta em cada Estado brasileiro e, por fim, um mapa da África identificando os países dos quais foi trazida a maior parte dos africanos que constituem a sociedade brasileira atualmente e ao mesmo tempo trazendo informações relevantes sobre o resultado dessa vinda.
Link para a visualização mais clara do nosso infográfico:
https://www.canva.com/design/DAEb22gS0Y0/n4sVRkH_BneJ6rWyZEyNsQ/view?utm_content=DAEb22gS0Y0&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=sharebutton
Gilberto Freyre foi um polímata e escritor brasileiro. Discutiu bastante sobre a sociedade brasileira, uma de suas obras mais famosas é: “Casa-grande & Senzala”, que traz a teoria da ”Democracia racial” é o conceito de “Somos todos brasileiros”.
Assim como falamos no nosso infográfico, a democracia racial é inexistente, pois as pessoas trazidas da África foram escravizadas, e seus interesses individuais e culturais, esquecidos e apagados.
A escritora nigeriana Chimamanda Adichie fala, em seu TED TALK que acaba virando livro sobre “O Perigo de uma história única”.
Ela ressalta o perigo que é conhecermos apenas um lado da história, porque isso não permite que a gente saiba da realidade. Para saber da realidade temos que buscar saber da história em si, pelos dois lados.
O tema que ela fala se relaciona diretamente com a cultura africana, já que a história dos países africanos é apagada, e a visão que temos sobre eles, totalmente distorcida e estereotipada.
Para Chimamanda, “a história única cria estereótipos, e o problema com estereótipos não é que eles sejam mentira, mas serem incompletos. Eles fazem uma história tornar-se a única história.”
Pensamos então em realizar algumas intervenções para despertar interesse e, consequentemente, curiosidade sobre o Continente Africano nas pessoas.
Uma das intervenções é colocar músicas de origem africana no sinal da escola; a música escolhida foi Shosholoza, que tem um valor cultural e histórico bem grande para os sul-africanos, sendo considerada um “segundo hino”.
A música era típica de mineradores, que a cantavam juntamente com o ritmo do trabalho, e mais para frente na história virou a música que representa o “dia mágico”, que foi um momento muito importante na democracia do país, quando o presidente Nelson Mandela unificou a África do Sul. Nos dias atuais, por ser uma música que representa muito a nação, é utilizada em torcidas.
Já a outra intervenção é a roda de leitura, e o livro escolhido foi “Kakopi Kakopi: Brincando e jogando com as crianças de vinte países africanos”. Esse livro foi escrito por Rogério Andrade Barbosa após trabalhar como voluntário da ONU na Guiné-Bissau.
O autor foca em escrever obras afro-brasileiras, e nesse livro ele escolheu fazer uma história para crianças, ensinando um pouco a cultura africana através de brincadeiras. A narrativa do livro é que dois irmãos do Quênia tinham um trabalho escolar, em que precisavam recolher brincadeiras de vários países africanos, e o livro vai nos contando sobre o que as crianças aprenderam.
Integrantes do grupo:
– Ana Julia Gomes Sampaio
– Giulia Luz
– Gustavo Mota Moraes
– Gustavo Pan
– Luiz Gomes